Segundo Osmar Pinto Júnior, coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Inpe, os índices recentes "são a confirmação de que a atividade humana e a urbanização tendem a intensificar a ocorrência de raios".
Ele explica à BBC Brasil que, além de concentrar várias características que concorrem para a incidência de temporais, São Paulo tem alto índice de poluição atmosférica, o que facilita ainda mais a ocorrência de raios.
Segundo ele, as micropartículas lançadas ao ar pela poluição facilitam a aglutinação de gotículas de água, que se transformam em gelo a partir de 5 quilômetros de altura. "São essas partículas de gelo que, ao se chocarem, dão origem a cargas elétricas e, consequentemente, aos raios", diz o especialista.
Pinto Júnior afirma que a incidência de raios em São Paulo chega a 17 por quilômetro quadrado ao ano, enquanto atinge 15 na Flórida e no norte da Itália, respectivamente as áreas de maior ocorrência na América do Norte e na Europa.
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