quinta-feira, 5 de junho de 2014

Second Livestock: Realidade virtual para galinhas suscita debate sobre humanidade


Imagine um sistema de realidade virtual para galináceos que fizesse com que eles fossem criados em cativeiro acreditando serem livres. Mas uma questão filosófica paira no ar: Não estaríamos sendo criados dessa forma?

Austin Stewart, professor assistente da Universidade Estadual de Iowa, revelou um projeto tão inusitado quanto estapafúrdio: um sistema de realidade virtual desenhado para galinhas.



Apesar do site do projeto Second Livestock (algo como Segunda Pecuária), um trocadilho com o nome da rede social e mundo virtual online Second Life, até parecer ser uma iniciativa real, sugerindo forjar uma solução para que galinhas acreditem estarem livres, apesar de estarem confinadas em uma gaiola sobre uma espécie de trackball gigante com óculo de realidade virtual e um headsetpreparados para galináceos, trata-se de uma ficção (científica?).


Stewart percorre os EUA no últimos meses exibindo o projeto onde sugere que as galinhas usem e interajam entre si. Permitindo até que elas ouçam umas as outras em seu universo sensorial paralelo.

Mas o que realmente pretende o pesquisador com essa bizarrice? 

Stewart disse ao Ames Tribune: 

O objetivo do projeto é ampliar essa questão sobre como é que sabemos o que é o melhor, ou o que é o tratamento humano. E também para olhar como nós tratamos a nós mesmos. Estamos vivendo nestas pequenas caixas, como galinhas.

Sim, pois para os seres humanos esse tipo de cárcere mental no melhor estilo Matrix seria considerado uma distopia.



Mas talvez as relações de trabalho, a vida moderna, a tecnologia, vêm pouco a pouco nos levando a um confinamento semelhante. Stewart teve sua ideia durante uma palestra onde o palestrante mostrava como os fazendeiros lidavam com os animais.

Depois, ele foi questionado sobre os direitos dos animais, e ele disse que a vida ao ar livre é inerentemente perigosa - a medida que os animais têm mais stress.

Nesse momento Stewart teve sua epifania: 

Imediatamente pensei que poderia haver uma maneira de combinar os dois. E, em seguida, Second Livestock nasceu

Stewart criou o conceito trabalhando com sistemas de realidade virtual atuais para descobrir como eles poderiam ser adaptados para galinhas e diz ser absolutamente plausível em termos tecnológicos.

Cena da trilogia cinematográfica distópica Matrix
Ainda assim, uma das maiores mudanças necessárias diz respeito à tela dentro dos óculos.

As galinhas têm um quarto cone em seu olho, para que elas realmente vejam na faixa do ultravioleta, de modo que seria necessário para construir um novo tipo de LCD - mas é possível.

Todavia, o custo seria alto. Segundo Stewart seria algo entre US$ 40.000 e US$ 50.000 por frango. Mas com as economias de escala significa que, no futuro, isso poderia se tornar possível. Ele alega ainda que o experimento foi concebido para provocar debate. 

Eu sou um artista, e o objetivo é levar essas questões e apresentá-las de uma forma que é fácil de consumir.

Mas a reação ao projeto tem sido bastante variada.

Algumas pessoas ficam com muita raiva, há realmente uma grande variedade defeedback.

Ele ainda criou um sistema usando os Oculus Rift para que as pessoas possam experimentar o mundo virtual das galinhas andando por aí como se fosse um galináceo.

As pessoas podem passear, há um celeiro e eu dei as pessoas um pedal para que elas possam saltar.

Stewart agora pretende levar seu projeto e os Oculus Rift a shows agrícolas. E, caso receba propostas para desenvolver o Second Livestock, pretende produzir o sistema.

Fonte: Second Livestock, Daily Mail, The Verge
[Via BBA]
http://blog.brasilacademico.com/2014/05/second-livestock-realidade-virtual-para.html

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