quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Degelo do Ártico pode ser a causa do frio na Europa

Pesquisadores alemães afirmam que o declínio na presença de gelo no Mar do Norte pode estar alterando os padrões climáticos do continente e resultando nas baixas temperaturas e nevascas que já causaram a morte de mais de 300 pessoas
Fabiano Ávila, Instituto CarbonoBrasil/Unidade de Pesquisas de Potsdam
Afinal, que aquecimento global é esse que resulta em dezenas de centímetros de neve amontoada em cidades que não viam nada parecido há mais de 20 anos? Perguntas como essa vêm surgindo na imprensa europeia nos últimos dias e são responsáveis por acalorados debates. As respostas para elas podem estar em um novo estudo apresentado por cientistas alemães que aponta que todo esse frio é na realidade um sintoma das mudanças climáticas que estão se tornando cada vez mais visíveis na vida das pessoas.
Segundo os pesquisadores da Unidade de Pesquisas de Potsdam do Instituto Alfred Wegener para Pesquisa Marinha e Polar, a queda das temperaturas na Europa está ligada ao degelo do Ártico.
De acordo com os cientistas, o grande degelo nos últimos verões está resultando em um oceano mais quente e que não consegue evitar que o calor retorne para a atmosfera. Assim, o ar sobre o oceano se aquece, principalmente entre o outono e o inverno, levando a novos padrões atmosféricos.
Uma das consequências desse fenômeno aparece quando a diferença de pressão entre a região continental e o Mar do Norte fica grande o suficiente para gerar ventos úmidos que sopram com força na direção dos países europeus, trazendo grandes nevascas. Seria isto que estaria ocorrendo nas últimas semanas.
“As altas temperaturas que causam o degelo podem facilmente ser comprovadas pelo monitoramento constante que fazemos do Ártico. Analisamos ainda processos complexos por trás das nevascas e chegamos a dados que mostram que o degelo influencia os padrões de pressão de ar e, por consequência, a circulação de ventos”, afirmou Ralf Jaiser, principal autor da pesquisa.”
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